quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Bons tempos

Tenho saudades dos meus tempos de catraio. Era tudo tão fácil. A máxima preocupação que eu tinha era de tirar boas notas. Tenho saudades de jogar á bola nos intervalos e andar o resto do dia a suar, sem pensar que isso reduzia as probabilidades de arranjar namorada. Tenho saudades das amizades, era tudo tão simples, não havia traições, era tudo honesto, os amigos brincavam connosco, os inimigos batiam-nos e gozavam connosco. Tão simples quanto isso. Saudades dos tempos em que os rapazes arranjavam pontos estratégicos para conseguir espreitar por baixo das saias das meninas, sem saber exactamente o que estava lá. E quando um rapaz confessava estar apaixonado por uma rapariga os amigos chamavam-lhe de maricas (?). Gostava de saber o que pensam agora esses amigos. Saudades dos tempos em que via os Power Rangers e considerava isso uma série de qualidade. Por amor de Deus, acontece a mesma merda em todos os episódios. Os Rangers do Poder lutam contra o mau, que é uma pessoa vestida num fato de carnaval barato e que só mexe os braços, e este acaba por se tornar gigante, e os Power Rangers vêm-se obrigados a chamar o MegaZord e a lutarem numa cidade miniatura. E quando disparavam raios contra eles? Só faziam faíscas e eles caíam para trás. E depois o chão explodia e eles atiravam-se para a frente... Agora que cresci sinto que era capaz de combater e vencer com alguma facilidade os Power Rangers. Enfim... pequenas memórias que me vêm á cabeça á medida que as responsabilidades aumentam.

Mas sinto que as crianças de hoje não têm uma infância tão inocente como a que tive. Hoje já pensam demasiado cedo em maquilhagem, morangos com açúcar, telemóveis, já sabem o que está por baixo das saias das raparigas, e perceberam que os power rangers são uma merda. Em contrapartida gostam de Wrestling.

Crianças, disfrutem da infância, são os vossos melhores anos. É uma mensagem que o meu pai me passou, e que eu vou passar aos meus filhos, e passo para as crianças que lerem este blog por engano enquanto procuram sites pornográficos.

Termino com uma bela expressão, que quem me conhece já me ouviu dizê-la em contextos inapropriados, mas que neste contexto faz sentido: Bons tempos!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Uma curiosidade

Será que alguém com vontade de ir a uma sessão de Striptease tentou contornar a mulher dizendo: " Eu vou ao Strip, mas prometo não olhar para nenhuma mulher! Tá bem guduxinha windah que eu amu tantuh? "

Se sim, era bom que essa pessoa contasse o que mudou na sua vida a partir desse momento. Se resultou, se recuperou da carga de porrada que levou, para onde foi viver, etc...
Há tanta gente no Mundo, alguém já deve ter tido a lata de dizer esta frase... A parte da guduxinha fui eu que acrescentei para mostrar o nível de intimidade desse casal, e também uma tentativa, por parte do homem, de evitar levar um pontapé nos testículos.
Enfim...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Uma história paranormal

Hoje vou partilhar convosco uma história assustadora, que se passou numa terra não muito longíqua, chamada Perosinho, muito conhecida pelo pão quente da Padaria Romana. Foi em Novembro de 2008 que Heitor Pedro, um homem com a idade compreendida entre os 20 e os 97 anos, viu algo dificil de acreditar. Por sorte, conseguiu tirar uma fotografia.

Segundo consegui apurar, Heitor Pedro estava a brincar com o seu cão, um belo Husky chamado Mickey, quando este o alertou para algo que se deslocava por entre os arbustos.

ATENÇÃO: SE JÁ VIRAM O JOSÉ CASTELO BRANCO DE TRONCO NÚ, ESTÃO PREPARADOS PARA A FOTO QUE SE SEGUE. OU PARA QUALQUER FOTO. OU VIDEO. OU QUALQUER COISA MESMO, O "HOMEM" É HORRÍVEL.



Heitor Pedro resolveu tirar esta foto quando viu o que se escondia por detrás dos arbustos.



Tentei contactar vários especialistas que me pudessem explicar que tipo de animal era este, e se esta fotografia teria sido de alguma maneira adulterada. Ninguém me atendeu. O que me leva a crer que este estranho animal os matou disparando raios pelos olhos.


Heitor Pedro nunca mais foi visto. Uns dizem que foi comido por este animal, outros dizem que foi viver para Sermonde com a mulher e os filhos e que abriu uma fábrica que constrói fábricas.

Quanto ao animal, foi comido pelo cão de Heitor.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Tudo bem?

Quando cumprimento alguém com um aperto de mão ou dois beijinhos, costumo dizer: "Tudo bem?", mas não espero resposta, já o digo quase mecânicamente, substituindo o bom dia ou o olá ou o cada vez mais famoso "mékié", não espero e normalmente não obtenho resposta. Há o cumprimento, eu digo à pessoa "tudo bem?" enquanto a cumprimento, e passamos logo à conversa. Ora um dia destes, aconteceu o inesperado. Encontrei eu duas pessoas conhecidas, às quais vou chamar Jerónimo e Basília, e dirigi-me a elas para as cumprimentar. Então elas vêm-me, fingem estar contentes por me ver, e eu cumprimento-as. Dou dois beijos à Basília ao mesmo tempo que digo baixinho "Tudo bem?" e dirigindo-me de seguida ao Jerónimo para o cumprimentar. Foi nesse momento que o impensável aconteceu. A Basília respondeu-me: "Está tudo bem, e contigo?"! Fiquei em estado de choque. Por momentos não soube como reagir. Enquanto a Basília me olhava nos olhos aguardando com bastante interesse a minha resposta, Jerónimo tinha a mão estendida na minha direcção para me cumprimentar. Naqueles dois segundos, eu tive de reagir, algo tinha de ser feito. Então concentrei-me e apertei a mão de Jerónimo, olhando de seguida para Basília respondendo: "Tá tudo." De seguida fez-se silêncio. Até que o Jerónimo diz: "Por aqui?", e eu respondo: "Sim." Fez-se de novo silêncio.
Passado este pequeno momento dificil para mim mas fácil para qualquer pessoa normal, a conversa surgiu e lá falamos de coisas que já não me lembro.
Quando acabamos de falar, despedimo-nos e Basília diz: "Continuação." e eu respondo: "Igualmente"...
Enfim, por esta altura aqueles que acharam o artigo desinteressante devem estar a pensar "nas séries de investigação há sempre um corredor onde os protagonistas caminham de forma estilosa trocando as suas ideias sobre os casos...", já os que leram atentamente até ao fim devem pensar "Mas este gajo é uma autêntica besta!"

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Eles

Numa noite calma, num belo Jardim, pequenas gotas começam a cair do céu.
Carlos Carlos: Ei, tá a chover, logo agora que ia ali saltar paredes para dizer a toda a gente que faço parkour.
Mário Carlos: Eles dão chuva até Domingo.
Carlos Carlos: Eles quem?
Mário Carlos: Eles...Aqueles de quem nós não falamos.
Carlos Carlos: Ahhh...
(Ambos olham para o céu)

TO BE CONTINUED



Eles...quem são eles? Ninguém sabe, mas o que é certo, é que nos dizem com alguma exactidão o tempo para os próximos dias. Como sabem? Não sabemos. Acreditamos neles? Sim.
Há quem diga, com o nariz empinado: "Eles são os gajos da metereologia". Eu a essas pessoas digo: "Pessoa, tu és uma besta!"
Será uma organização secreta, ou um grupo de Deuses que se juntam para beber uma cerveja e fazer apostas sobre o tempo? Nunca se irá saber, mas o mistério é fascinante.

Será que chove amanhã? Ou vai estar Sol? Eu não sei, vocês não sabem, mas Eles... Eles sabem.

Agora sinto que devo arranjar um fim para a história.

Mário Carlos olha para o céu enquanto acende um cigarro.
Sente um arrepio a subir-lhe a espinha.
Mário Carlos: Carlos Carlos? Onde estás?
Uma folha é arrastada pelo vento, e Mário Carlos segue essa folha, que o leva até Carlos Carlos, que está estendido no chão.
Mário Carlos: Oh Não! Carlos Carlos, estás vivo?
Carlos Carlos: Não!
Mário Carlos: Nãaaaooooooooooooooo!!!

Aparentemente, Carlos Carlos caiu de uma parede enquanto fazia parkour.
Mas será que caiu mesmo?

ELES SABEM!

Não percam o próximo episódio.